9 de agosto de 2012

Seita mantinha 60 pessoas em bunker há mais de dez anos

As autoridades russas descobriram uma seita islâmica que mantinha dezenas de pessoas, incluindo crianças, fechadas num ‘bunker’ subterrâneo há mais de dez anos. Algumas crianças nunca tinham visto a luz do dia.

Segundo a polícia, os seguidores da seita – 38 adultos e 27 crianças - viviam em celas subterrâneas escavadas sob a casa do líder, o autodenominado ‘profeta’ Faizrakhman Sattarov, nos arredores da cidade de Kazan, na província do Tartaristão, a 800 km de Moscovo. As autoridades deram com a comunidade no âmbito de uma investigação sobre ataques recentes a clérigos muçulmanos na região.
A maior parte dos membros da seita não tinha qualquer contacto com o exterior há mais de 10 anos. Há mesmo crianças que nasceram nos subterrâneos e nunca viram a luz do dia nem foram vistas por um médico, dizem as autoridades.
Sattarov, que se tornou profeta na década de 60, após ver a “luz divina” nas faíscas  de um eléctrico, foi acusado, juntamento com outras três pessoas, do crime de “arbitrariedade”, o que na jurisdição russa corresponde à promoção de iniciativas contrárias  à lei ou a qualquer acto normativo legal.

Seita mantinha 60 pessoas em bunker há mais de dez anos - Mundo - Correio da Manhã

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