Maria, de 53 anos, auxiliar no Hospital de Egas Moniz, não esconde o que fez. Em declarações ao CM, a mulher, que vive com o marido, a filha e os dois netos num apartamento em Rio de Mouro (Sintra), diz claramente que já não tinha paciência para tantos gatos. "A minha casa não está preparada para tantos animais. Quando os gatinhos nasceram, eu ofereci-os, mas ninguém os queria. Há muita gente que mata gatos. Na minha família, havia essa tradição: quando eram muitos, matava-se", referiu.
Inicialmente, eram cinco crias. Resta uma sobrevivente, pois um dos gatos já tinha sido dado e outro desapareceu há dois meses.
Susana, a filha de 33 anos, e os netos, de 9 e 11 anos, tiveram a ajuda de Ema Cardoso, presidente da Associação Entre Gatos, para cuidar do animal que se salvou. "Ligaram-nos a pedir ajuda. Primeiro, a senhora disse que os animais estavam no contentor do lixo, mas estavam num saco debaixo da cama dela", disse.
"Os miúdos estão transtornados. Ela já os tinha tentado matar uma vez, fechando-os na despensa. Eu estava à procura de uma família de acolhimento. Tive de apresentar uma queixa na PSP", referiu ao CM Susana. Segundo fonte policial, o caso está a ser investigado, sendo um crime de dano, porque a agressora não é dona dos animais.
Mata os gatos e vai à missa - Sociedade - Correio da Manhã
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