Pena de sete anos e meio de prisão foi confirmada numa decisão de apelo. Ativistas consideram pena cedência ao partido islamita no poder.
O tunisino que publicou na sua página do Facebook caricaturas do profeta Maomé viu hoje confirmada a pena de prisão de sete anos e meio a que fora condenado em primeira instância.
Esta sentença suscitou críticas de vários ativistas dos direitos humanos.
Jabbeur Mejri, um jovem diplomado desempregado da cidade costeira de Mahdia (leste), detido há três meses, foi condenado em primeira instância, em 28 de março, a sete anos e meio de prisão por "distúrbio da ordem pública, prejuízo causado a terceiros através das redes públicas de comunicação e atentado à moral".
O tribunal de apelo de Monastir (leste) confirmou hoje o veredito, disse à agência noticiosa AFP o advogado Ahmed Msamli, que aguardava uma diminuição da pena.
Mejri publicou caricaturas do profeta Maomé - consideradas chocantes pelos próprios defensores de Jabbeur Mejri - na sua página do Facebook.
"Estamos conscientes da importância do respeito da coisa sagrada, mas o julgamento é particularmente severo e não é conforme aos direitos humanos, pode mesmo ser considerado uma forma de tortura", considerou o advogado, que não excluiu novas ações legais.
Por sua vez, após conhecer a sentença, a advogada e militante dos direitos humanos, Bochra BelHak Hmida, que contribuiu para a mediatização do caso, declarou-se "chocada e revoltada".
"Não consigo admitir. É uma justiça de dois pesos e duas medidas, quando penso que não existem sequer processos contra aqueles que emitem apelos para a morte de artistas, e que difundem a sua mensagem de ódio na internet", declarou à AFP.
"É um jovem sem trabalho, é a primeira vez que comete um erro, mas o juiz preferiu agradar a quem hoje governa a Tunísia", numa referência ao partido islamita tunisino Ennahda, vencedor das primeiras eleições legislativas após a queda do regime do ex-Presidente Ben Ali, em janeiro de 2011.
Esta sentença suscitou críticas de vários ativistas dos direitos humanos.
Jabbeur Mejri, um jovem diplomado desempregado da cidade costeira de Mahdia (leste), detido há três meses, foi condenado em primeira instância, em 28 de março, a sete anos e meio de prisão por "distúrbio da ordem pública, prejuízo causado a terceiros através das redes públicas de comunicação e atentado à moral".
O tribunal de apelo de Monastir (leste) confirmou hoje o veredito, disse à agência noticiosa AFP o advogado Ahmed Msamli, que aguardava uma diminuição da pena.
Mejri publicou caricaturas do profeta Maomé - consideradas chocantes pelos próprios defensores de Jabbeur Mejri - na sua página do Facebook.
"Estamos conscientes da importância do respeito da coisa sagrada, mas o julgamento é particularmente severo e não é conforme aos direitos humanos, pode mesmo ser considerado uma forma de tortura", considerou o advogado, que não excluiu novas ações legais.
Por sua vez, após conhecer a sentença, a advogada e militante dos direitos humanos, Bochra BelHak Hmida, que contribuiu para a mediatização do caso, declarou-se "chocada e revoltada".
"Não consigo admitir. É uma justiça de dois pesos e duas medidas, quando penso que não existem sequer processos contra aqueles que emitem apelos para a morte de artistas, e que difundem a sua mensagem de ódio na internet", declarou à AFP.
"É um jovem sem trabalho, é a primeira vez que comete um erro, mas o juiz preferiu agradar a quem hoje governa a Tunísia", numa referência ao partido islamita tunisino Ennahda, vencedor das primeiras eleições legislativas após a queda do regime do ex-Presidente Ben Ali, em janeiro de 2011.
Jovem condenado por divulgar caricaturas de Maomé - Globo - DN
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